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Brasília
Este texto, na verdade, não pretende ser um tratado acadêmico ou algo do gênero, mas sim um texto para discussão de uma possível tendência. O livro impresso, como conhecemos a séculos, vai acabar?
Um dado perturbador foi revelado esta semana (Vendas de e-book para Kindle superam as de livros capa dura - 19/07/2010 - Valor Online), dado este que pode mostrar a tendência do fim do livro impresso e o avanço dos e-book. Bastou a Amazon reduzir o preço do kindle em 27% (de US$ 259 para US$ 189) que sua venda, no mercado norte-americano, disparou. E, na esteira disto, a venda de títulos também disparou. Segundo dados do Valor Online, "nos últimos três meses, 143 livros Kindle foram vendidos para cada 100 capa dura, mas quando esse tempo é reduzido para um mês, é de 180 livros Kindle para cada 100 capa dura. As vendas totais e-books triplicaram desde o primeiro semestre de 2009 ao primeiro semestre de 2010". Vejo isto como uma clara tendência e, no Brasil e nos países de língua portuguesa em geral, isto não vai ser diferente. Basta o kindle (ou produto similar) chegar com preço competitivo e haver a disponibilidade grande de títulos na nossa língua, sejam títulos técnicos, de ficção ou não ficção, que o comportamento tenderá a ser o mesmo. Um grave problema para as editoras, pois haverá uma concorrência ainda maior, visto que a grande vantagem competitiva de número de canais de divulgação e penetração em pontos de venda irá, praticamente, se esvair, fazendo com que a distância entre uma editora de grande, médio ou pequeno porte diminua consideravelmente. Uma grande solução para o usuário (não precisaremos, como no meu caso, de um quarto inteiro da casa para guardar uma coleção de livros) e até para as bibliotecas. Vamos ver o que vai ser disto. Jorge Eduardo Scarpin
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