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Brasília
Nos últimos 15 a 20 anos temos testemunhado uma revolução no uso da tecnologia por parte do cidadão comum. As antigas máquinas de escrever Remington, Facit, Olivetti foram aposentadas. Em seu lugar, chegaram os micro computadores, também chamados de PC. No seu início, uma máquina de escrever inteligente, acompanhado de uma potente planilha de cálculo.
No entanto, no final da década de 90, a internet se popularizou e o micro computador passou a ter uma nova função. Navegar na internet, o que nos trouxe um festival de músicas on line, notícias em tempo real e o email. Ah, o email, algo que fez com que as correspondências tradicionais fossem praticamente esquecidas. Hoje para tudo se usa o email, mesmo para pequenas coisas que poderiam ser solucionadas com um simples telefonema, usa-se o email. Porém, o micro computador está ficando para trás. Em seu lugar, os notebooks vieram com uma vantagem, eram portáteis, poder-se-ia levá-los para onde fosse necessário. E o que vemos hoje? Os notebooks tomando o lugar dos micro computadores como máquinas de trabalho e os netbooks, estes sim computadores muito leves e portáteis, ideal para viagens. Paralelo a isto, há o telefone celular, ou telemóvel. No começo, um telefone sem fio grande, com sinal analógico que só tinha uma única tarefa: fazer e receber ligações. Depois, passou a enviar mensagens, os tão famosos SMS (short message service) e hoje fazem praticamente de tudo, são tocadores de música, máquina fotográfica, câmera filmadora, navegadores de internet e, inclusive, continuam fazendo e recebendo ligações telefônicas. E quais as conseqüências disto na nossa vida? Estamos perdendo o contato humano, os relacionamentos pessoais e virando cada vez mais introspectivos e fechados nas novas tecnologias? Não sou um estudioso deste assunto, mas aqui vão as minhas opiniões pessoais: 1. Nunca foi tão fácil fazer negócios como hoje. Citando este exemplo claro: sem a internet, o projeto Perspectiva Lusófona seria muito custoso e praticamente inviável, pois, como conectar tantos pensadores de língua portuguesa dos mais diversos cantos do mundo de maneira rápida e eficaz? Além disto, eu consigo informações que nunca imaginaria sem o advento da internet e, com isto, consigo fazer negócios com parceiros que, muitas vezes, não conheço pessoalmente. 2. A internet tem muitos textos de péssima qualidade e informações superficiais. Isto é um fato. Isto prejudica o aprendizado de nossas crianças? Sinceramente, não sei e acredito que não. Hoje as crianças estão muito mais espertas e dinâmicas do que antigamente. Como exemplo, tenho duas sobrinhas, uma de 10 e uma de 08 anos. Ambas têm por hábito tirar dúvidas sobre conteúdo escolar direto do Google e depois vão perguntar para a professora na aula seguinte (acredito que a vida dos professores de ensino básico, fundamental e médio não esteja muito fácil). Na década de 80 (quando eu estava em idade escolar) isto era simplesmente impossível. Outra questão: como incentivar a leitura de textos mais densos se não há a leitura também de coisas superficiais? A internet dá uma iniciação de leitura muito grande e, principalmente, noção de pesquisa, traz um desejo de se descobrir coisas novas, fato inclusive confirmado pelo Pisa (http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/01/18/e-mail-bate-papo-e-pesquisa-online-melhoram-nota-em-teste-de-leitura.jhtm). Entretanto, um envolvimento maior dos pais sobre o que os filhos fazem na internet é fundamental. Será que eles terão tempo disponível para isto? 3. Estamos muito mais conectados. E aqui eu vejo um problema. Hoje vemos nossos emails nos telefones celulares (telemóveis), navegamos pela internet por onde quer que estejamos. Se estivermos em um restaurante e nosso aparelho nos informa que chegou um email, somos tentados a olhá-lo e, se for algo profissional e urgente, vamos procurar resolver, sem nos darmos conta que, provavelmente, este problema pode ser resolvido no dia seguinte. Isto pode fazer com que problemas relacionados a ansiedade sejam mais correntes no futuro próximo. Finalizando, o avanço da tecnologia chegou e é irreversível, cabe a nós, fazer com que ela trabalhe a nosso favor, e não contra nós. Jorge Eduardo Scarpin
2 Comments
1/15/2013 11:03:33 am
Gracias por la informacion, pero se me hace confuso el lenguaje.
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